sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O OLHAR DO PAI - DIA DOS PAIS


“Como um pai se compadece de seu filho, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem” (Sl. 103.13).


Essas palavras sempre falam ao meu coração porque comparam Deus com um pai que ama os seus filhos. Elas trazem o sentido do amor que não desiste de nós e ao mesmo tempo em que descrevem um atributo de Deus, qualificam aqueles pais verdadeiros, que persistem em amar e abençoar os filhos, não importando as circunstâncias. Em meio a tantas histórias tristes que ouvimos nos dias de hoje, vêm a minha mente vários pais que conheci e que se encaixam no perfil daqueles aos quais Deus se compara.

Vejo o olhar de pais que se alegram quando sabem que a mulher amada espera um bebê, que ele já imagina lindo e a cara do pai ou a princesinha dos sonhos. Vejo olhar de pais que se enternecem ao ouvir a palavra papai pela primeira vez e com os passinhos vacilantes que caminham ao seu encontro.

Recordo-me da expressão alegre de pais que levam seus pequeninos sonolentos pela primeira vez ao colégio, atrapalhados com mochilas, lancheiras, casacos e seus próprios pertences. Pais que enchem os olhos de lágrimas ao ver sua linda criança cantando pela primeira vez em sua homenagem, no coralzinho que ele jamais viu igual. Pais que falam do amor de Deus, que podem orar enquanto o coraçãozinho confiante entrega a sua vida a Jesus, e que tocam a cabeça do filho enquanto dorme, suplicando a bênção de Deus em oração.

Posso também ver expressões tristes de pais que perderam seus empregos e temem pelo futuro de seus amados; pais que choram porque seus pequenos querem o brinquedo que não podem dar. Pais que caminham quilômetros ou andam de transporte público para economizar um pouco e ampliar a casa, pequena para a família que cresceu. Pais que buscam seus filhos tarde da noite ou que se levantam de madrugada para levá-los ao colégio ou trabalho. Vejo também pais que lutam por seus filhos rebeldes, envolvidos com vícios e más companhias e que os buscam em meio à maldade humana e à violência da terra. Que suplicam, clamam, insistem na busca em Deus pela transformação e restauração e se emocionam ao constatar o milagre e a volta do filho aos seus braços e ao amor do Pai que se compadece .

Posso também pensar no olhar de pais que se emocionam com um beijo, um abraço do filho amado, um telefonema, um e-mail ou a imagem e voz do filho distante, benefícios da tecnologia. Pais que olham vitoriosamente para o filho que recebe o seu diploma, que consegue o trabalho dos sonhos ou que constitui sua família, bênção para o justo que pode embalar os filhos dos seus filhos.

No rosto de cada pai, aos poucos, as linhas se definem mais, os cabelos se tornam gradativamente brancos e escassos, o corpo devagar perde as suas forças e a voz às vezes é vacilante. Posso ver pais que se tornam dependentes dos filhos, mas com a fé inabalável no Deus que é pai e também se compadece deles. Mas em meio a vida que se vai, o olhar brilha, cheio de amor, cada vez que contempla o rosto do filho ou da filha amada - o olhar do meu pai!

(Publicado em OJB, 09ago09)

Um comentário:

  1. A paz do Senhor, parabéns pelo blog, com certeza o seu trabalho contribui em muito para o meio Cristão.
    visite também o meu blog estou comecando agora http://thepromissesofgod.blogspot.com/
    a sua visita será muito bem vinda.
    Fica na paz

    ResponderExcluir