domingo, 26 de abril de 2009

IZOLEIDE: UMA CARTA DE AMOR ÀS MULHERES

Uma homenagem à Izoleide Matilde de Souza, que partiu para estar com o Senhor no domingo, dia 260409


Conheci a Izoleide em 1994 e ela já era secretária executiva da União Feminina Missionária do Estado de São Paulo. Acredito que ela deve ter ficado nesse cargo mais de 20 anos.
Desde então, sempre mantivemos contato, de longe ou de perto. No último deles, ela escreveu-me perguntando como tinha sido o I Encontro de Pastoras em Brasília, em janeiro deste ano.
Sempre me perguntava como é que ela conseguia trabalhar tantos anos, em relacionamentos tão delicados quanto mexer com a estrutura denominacional e ao mesmo tempo com o povo, e manter o sorriso, a boa vontade e um trabalho bem feito.
Ela ficou tão feliz quando fui ordenada pastora! Algum tempo depois convidou-me para falar em um congresso de mulheres da IB da Liberdade, em São Paulo. Foi a última vez que conversamos bastante e com tempo, na confraternização do final do evento.
A Izoleide foi resultado de um trabalho muito bem feito com vocações que a UFMBB tem realizado ao longo dos anos. Acredito que os principais valores passados pela União Feminina, presentes na vida de Izoleide e nas vidas de tantas mulheres em ministério hoje no Brasil e no mundo, são a consciência de chamado de Deus, a vida com integridade e serviço, a perseverança e o investimento em outras vidas. E ainda existe um valor acima de todos esses: o amor em ação no serviço. E a Izoleide expressava esses valores muito bem.
Certamente, muitos textos serão escritos sobre ela. Mas o maior deles estava escrito nela mesma: uma carta aberta de amor às mulheres batistas do Estado de São Paulo, de todas as idades, de todas as igrejas e de todos os segmentos sociais.
Que o Senhor conforte seu povo nessa hora, as mulheres batistas, a liderança e, principalmente, a sua família.


"Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração"(II Co 3.3).

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O PODER DA RESSURREIÇÃO - PÁSCOA



Todos os episódios que marcaram o sofrimento, morte e ressurreição de Jesus tiveram, também, a participação de mulheres. Ah, esse maravilhoso Jesus que sempre permitiu a proximidade, a voz, a intervenção e a participação de mulheres em sua vida e ministério! Sem medo de ser mal interpretado, na pureza e santidade de um Deus, no afeto restaurador da sua presença!
Entre essas mulheres, destaca-se Maria Madalena. Liberta de sete demônios, tendo sua vida transformada e depois seguido a Jesus desde a Galiléia, agora está diante de acontecimentos inimagináveis. Havia acompanhado todo o sofrimento de Jesus, sua morte, seu sepultamento e, agora, está sozinha diante do túmulo vazio. Ela chora. Outras mulheres já haviam estado com ela naquele mesmo lugar, alguns dos discípulos, mas agora estava sozinha.
Que dor! Com certeza, naquele momento havia muitas interrogações em sua mente. Que seria de sua vida se Jesus estivesse realmente morto? Todo aquele tormento do passado voltaria? Todo o domínio do mal na sua vida? Todo o descontrole sobre o seu ser e suas vontades? Toda aquela paz iria embora? Quem seria capaz de consolá-la nessa hora? Ela sabe que está, novamente, diante de um divisor de águas.
Até que ouve o seu nome! E quando isso acontece, ela sabe que é Jesus, Raboni, o Mestre amado que mudou a sua vida. Ele está vivo! A esperança e a alegria imediatamente voltam ao seu coração. Jesus ainda a comissiona a repartir essa esperança, contando a outros o milagre da sua ressurreição.
Em alguns momentos, seria bom que parássemos e nos fizéssemos algumas perguntas: De onde viemos? Onde estávamos quando Jesus nos encontrou e transformou a nossa vida? Que domínio havia do maligno sobre nosso ser, nossas famílias e nossos sonhos? Se crescemos em lares cristãos, equilibrados e fiéis, onde tivemos fé, afeto e segurança para nos desenvolvermos, em que condições estavam nossos pais ou avós quando Jesus os encontrou? Essa é uma pergunta importante para muitos de nós. Para aqueles de famílias de segunda, terceira e mais gerações de cristãos evangélicos. Acostumamo-nos com a presença de Jesus. De andarmos com ele. Viver a sua sombra.
Muitas vezes não acreditamos ou não nos preparamos para os dias maus. E eles chegam. Em diversas circunstâncias da vida, homens e mulheres deparam-se com situações onde parece que as conquistas vão escorrer pelos dedos. As ameaças pairam sobre suas vidas, famílias, trabalho e ministério. Parece que tudo está à mercê das pessoas e das circunstâncias. Mulheres temem por seus lares, seus filhos, seus casamentos e o futuro. E, então, sofremos porque deixamos para trás a percepção do poder transformador e libertador de Jesus. Ou porque ficou meio esquecido no tempo ou porque nunca realmente o experimentamos.
Mas, independente dos nossos sentimentos, Jesus continua cheio de poder e misericórdia capaz de tornar nosso sofrimento em alegria, nosso sentimento de morte em esperança de vida. De enxugar as lágrimas e fazer ouvir a sua voz de amor e provisão. De soprar o seu Espírito de maneira nova e nos dar um novo sentido e comissionamento para a vida. Jesus ressuscitou. Aleluia!
(Publicado em O Jornal Batista - 120409)