terça-feira, 17 de abril de 2012

MÃES CRISTÃS - SINTONIA DE MÃE

Mãe é uma palavra doce. Tão doce que quando na boca de um filho, tenha ele a idade que tiver, parece remeter sempre ao tempo de criança, de pudins e gelatinas, de canções de ninar, parques de diversão, leitura das histórias lindas da Bíblia e das oraçõezinhas tão elementares quanto verdadeiras, que mencionam o pai, a mãe, a escola, os bichos de estimação e todos os elementos do mundo significativo infantil.

Como é bom dizer a palavra mãe! Mãe é um tesouro que se revela ao longo da vida e quanto mais amadurecemos mais descobrimos os detalhes dessa riqueza que é a mãe. Quanto mais enfrentamos os desafios próprios de ter filhos, valorizamos ainda mais o que nos foi legado por esta pessoa singular na vida de todos nós.

Mãe parece que “adivinha” se o filho está bem, ainda que esteja longe. Morei longe de casa desde os meus 19 anos e todas as vezes que vivia um grande problema, lá estava minha mãe no telefone ou pessoalmente, intuindo minha grande necessidade de conversar, desabafar, chorar ou simplesmente ser consolada pela sua presença.

Não é de hoje que a ciência tenta explicar essa ligação da mãe com o filho. Recentemente, foram divulgados resultados de pesquisa que procura desvendar como uma mãe é capaz de saber que o seu bebê está chorando. Segundo os pesquisadores, as mães silenciam todo o resto para ouvir o choro dos seus bebês. Elas desenvolvem um ouvido aguçado pela redução da atividade nas áreas cerebrais não direcionadas especificamente para o choro dos filhos. E explicam: “É como se fosse um refletor iluminando um cantor em um palco. Se todas as luzes estiverem acesas o artista não aparece tanto. Mas se todo o resto estiver escuro, o refletor destacará o artista muito bem” (Folha Ciência, 150609).

A Palavra de Deus registra essa sintonia da mãe para com o seu filho: “Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre?” (Isaías 49.15). Esse “compadecer” é a tradução para a palavra hebraica que significa “o amor que não desiste de nós”. Como é bom ter o amor de uma pessoa assim em nossa vida! Um amor que não desiste jamais de nos acompanhar, de orar, de orientar e nos manter no centro de suas preocupações e afeto. Deus se compara à mãe, mas revela-se ainda maior que o amor materno quando termina com a promessa de que “ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti”. Este é o grande consolo para todos nós, mas especialmente para aqueles que nunca tiveram o afeto de mãe ou que já o perderam.

A Bíblia usa mais uma vez a figura da mãe e do seu bebê. Compara o bebê alimentado com a fé que nos faz descansar nos braços de Deus: “Decerto fiz calar e sossegar a minha alma. Qual criança desmamada para com sua mãe, tal é minha alma para comigo. Espera Israel no Senhor desde agora e para sempre” (Salmo 131.2,3). Talvez Deus faça essa comparação porque ele sabe que a maioria de nós tem guardado nas impressões mais remotas das nossas emoções essa sintonia tão estreita, a mesma que ele deseja ter conosco. Existe uma comparação mais linda para o amor de mãe?
(Zenilda Reggiani Cintra - Publicada em OJB - 090510)

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