segunda-feira, 22 de outubro de 2012

JOVENS QUE HONRAM A DEUS

Dublin, na Irlanda, parou para assistir a vitória daquela jovem. Com 26 anos, Katie Taylor ficou com a medalha de ouro no boxe feminino de 60kg dos Jogos Olímpicos. Naquele momento ela era o orgulho da sua Pátria.  “Katie Taylor levantou o espírito da nação, disse o presidente da Irlanda, Michael D. Higgins” (site gospelprime,10/11/2012).

Katie cresceu praticando boxe e futebol desde a infância, optando depois por dedicar-se mais ao pugilismo e agora entra para a história porque foi a estreia da modalidade na Olimpíada. Ela e sua família frequentam uma igreja evangélica desde que Katie era criança e foram juntos ao culto antes dela partir para Londres: “a congregação intercedeu e abençoou a sua vida e da família.  Ela lutou o bom combate de várias maneiras, como um instrumento de esperança e boas novas, numa Irlanda que vive uma forte recessão, disse o pastor da Igreja”. Katie é um dos muitos jovens que honram a Deus na sua geração.

Essa notícia contrasta com outra a respeito de uma parcela de jovens do século 21. Aquela que aponta o resultado de uma pesquisa realizada pelo Barna Group, entidade cristã de pesquisas sediada na Califórnia (EUA), constatando que cerca da metade dos jovens deixam a igreja por algum tempo ou definitivamente em algum momento do seu amadurecimento (gospelmais, 29/09/2011).

O estudo foi feito a partir de entrevistas ao longo de cinco anos com adolescentes, jovens adultos, jovens pastores, pastores titulares e pais. Os principais motivos apresentados para essa deserção foram: as igrejas são superprotetoras, isto é, demonizam tudo fora da igreja; em segundo lugar, as igrejas são chatas e não oferecem experiências mais profundas com Deus; os cristãos se opõem à ciência e se acham donos de todas as respostas; as questões de sexo estão desatualizadas; em quinto lugar, as igrejas não toleram outras religiões e os jovens têm que escolher entre seus amigos e sua fé e, por último, que eles não podem fazer perguntas sobre dúvidas intelectuais significativas.

Não sei se esses motivos se sustentariam caso essa pesquisa fosse feita no Brasil, mas é provável que sim. Se analisarmos cada fator, certamente encontraríamos alguns deles em grande parte das igrejas. Mesmo assim, ela ainda é o único lugar que faz contraponto, do ponto de vista da Palavra de Deus,  à mentalidade do espetáculo, da procura por satisfação pessoal e da cultura do individualismo. Com todos os defeitos, é a igreja que, como corpo de Cristo, nos prova e nos faz crescer na maturidade cristã e nos relacionamentos, nos livrando de nossas prepotências.

Há ainda um outro fator de reflexão: a igreja somos nós e ela só se sustenta  quando temos comunhão individual com Deus, cada um de nós templo do Espírito Santo. Parece que Katie, a jovem vencedora, compreendeu isso. Atrás dos holofotes, ela diz que treina seis horas por dia e não dispensa um período de oração diário. No seu local de treinamento há um versículo escrito na parede: “Ele prepara minhas mãos para a batalha” [Salmo 144]. Certamente foi por essa razão que Katie confessou aos repórteres: “Estou aqui por causa da graça de Deus. Obrigado Jesus”.
(Pra. Zenilda Reggiani Cintra, publicado em O Jornal Batista, 26ago2012)

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